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Esse moço que me faz ficar, que me faz partir
Que me faz rir, gargalhar. Chorar.
Moço que me confunde, assusta.
Que me puxa pro canto e leva o sorriso junto.
Se contradiz, não se explica.
Irrita-me!
Rouba-me a fé, a alegria.
Me faz perder o rumo.
Padeço, esqueço, enlouqueço.
Me impressiona, incomoda,
Me deixa absurdamente inquieta.
Esse moço me embaralha, sacode tudo em mim.
Ele vem. Vai
Efêmero.
Tira-me a calma.
Fura-me a alma
Fico por um fio. Fujo.
Coração silencia.
Peço: Pausa.
Porque é tudo assim: sem pé nem cabeça.
Sem nenhuma explicação aparente.
Existe.
Persiste.
Não decide se...
Não decide se...
Vai, se fica.
#Rô Barbosa.
Título: Trecho da música "Sobra tanta falta" - O Teatro Mágico.
O parodoxo neste texto seu, Rô, é o que torna maravilhosamente belo. Muito bom mesmo. Esse moço é tão paradoxal quanto o amor. Platão, assim, trata o amor com uma carência infindável e um desejo perene em busca deste Amor que, às vezes, parece escorrer entre os dedo como água. Temos a sensação que seguramos e apertamos entre os dedos e quando abrimos ele se foi como o vento... Lindo seu texto, Rô. Como você me faz pensar. Parabéns, querida. Até...
ResponderExcluirSou admirador das coisas que escreve. Sua delicadeza/feminilidade é indiscutível. Têm todos predicados de uma pessoa que realmente encanta de maneira verdadeira, o tipo de pessoa/mulher rara de se vê.
ResponderExcluirAbraços.