sábado, 24 de setembro de 2011

Sobre as folhas do Outono...



Antes de dormir a menina ficou ali deitada na cama sob o lençol de florzinhas miúdas.
Fechou os olhos e viu uma casa pequenininha com uma vela dentro... luz!
Quando abriu os olhos, folhas secas com cores do Outono caiam em sua cama.
Arregalou os olhos!
Que encanto! As folhas brilhavam docemente e cintilavam tudo em volta como num gesto de prece.
A menina sorria. Enguia os braços tentando pegar as folhas, mas não eram palpáveis... sumiam.
Ficou a brincar de dançar, assoprava as folhas com felicidade tão pura, doce e inocente.
Ela podia até ouvir as gargalhadas de seu coração.
Eram tantas folhas brilhantes caindo que a menina até conseguia ver sua alma refletindo paz.
Naquele momento a menina estancava qualquer dor que pudesse existi dentro de si.
Ela sorria para as coisas simples da vida e ao agir assim, ampliava sua esperança.
Por esse motivo, jamais deixou de cultivar o riso.
Um riso que resiste a qualquer fereza.
Um riso à vida.


(Por, Rô).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cavaleiro dos Moinhos de Vento...


O cavaleiro andante se perdeu por aí, não suportou a distância.
Sempre achei injusto o cavaleiro ter partido de forma lúcida... sempre me encantei por sua loucura. Por mais louco que possa ser, acho que a loucura era sua maior qualidade. Lúcido pra que? Já sei! Temos que viver a realidade dos fatos.  Mas tal resposta não me convence. Sonhos não podem ser mais fortes que a realidade? Não seriam os sonhos que dão verdadeiro sentido à vida? Sabe qual a realidade? Usamos a sensatez para nos protegermos da loucura. A loucura talvez não permita sentirmos medo e os efeitos do medo... bom, melhor nem falar sobre eles.
Faz algum sentido sufocar o amor por causa da distância? Faz algum sentido se afastar do que faz bem?
Prefiro viver enfrentando moinhos de vento.

Quixote e Dulcinéia... "Por amor as causas perdidas, por amor as causas perdidas".

PS: Quantas escritas sem sentido.

(Por, Rô)