quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pôr do Sol Combina com Torta de Maça...


Quantas palavras “adocicadas” de ternura dedicaram um ao outro.
Ela reler as cartas e as beija suavemente.
Sente o sabor das lágrimas que teima em não deixá-las cair... Lentamente, correm pelo rosto gotinhas cristalinas... Uma, depois outra e mais outra.
Ela tem lágrimas sabor agridoce.
Quanta saudade... Uma inquietude que machuca.
Seu passado é tão doce deve ser por isso, que é tão difícil recusá-lo, mas é um passado... É como tentar segurar água com as mãos.
Ela viaja em pensamentos... conjecturando
sonhos.
A distância já não existe.
Eles vêm juntos, o Pôr do Sol... Ela faz tortinha de maça.
Sim, porque pra ela Pôr do Sol combina com torta de maça. Misturam-se os sabores.
Basta um toque delicado das mãos, então o infinito ira começar... Viajarão por um lugar qualquer por aí sem previsão de retorno. Passear sobre as estações. Pisar descalços sobre as folhas secas e ouvir aquele barulho gostoso: Croc, croc, croc.... Doçuras do Outono.
A Primavera nasce para padecer o inverno. Tão bela primavera. O Verão incendiando seus raios de Sol.
Sol, Girassóis.
E ela abre os olhos ainda com as cartas nas mãos, percebe a realidade a sua volta.
Apenas, conjecturando sonhos lembra?
-Sim, lembro.
Ela mentaliza para que seus pensamentos chegue até ele... E alguma coisa sussurra de dentro da alma do seu coração... E deixe aí guardado com você alguma pontinha de mim.

(Por, Rô)

PS: Parece que sempre escrevo as mesmas coisas.

sábado, 26 de junho de 2010

Nessa manhã de sábado traçando o trajeto para o trabalho, ia caminhando em passos lentos.
Sem pressa de chegar.
O Sol apontava seus raiozinhos bem tímidos.
Mas o frio nessa época nunca dá trégua... Batia forte no rosto.
Ia eu, com meu casaco vermelho de lã tentando me defender daquele vento gelado.
Não gosto de vermelho, mas gosto do casaco.
Avistei um senhor de cabelos alvos com uma rosa branca na mão.
Que rosa linda! Pensei.
Queria bem eu, ter sentido o seu perfume.
Quando ele passou por mim sorri e ele timidamente respondeu meu sorriso.
Ele segurava a rosa com cuidado.
Tive vontade de perguntar: É para sua esposa?
Olhei para trás e fiquei olhando até perdê-lo de vista.
Imaginando a alegria da pessoa que receberia a rosa.
Ou talvez... Ele a tenha recebido de alguém.
Sabe, nunca ganhei flores.

(Por, Rô)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Abri então, a porta...

Era uma portinha com uma fechadura pequena no meio. Espiei, era o amor batendo.
- Não abra! Disse rispidamente a razão.
- Abra... Sussurrou a emoção.
Abri.
Calidamente ele entrou.
Aconchegou-se.
Por um momento tive medo, mas o recebi com o coração enfeitado de flores e perfume de jasmim.
Dias coloridos junto desse amor eu vivi.
Ousaram perguntar: E como vai o coração?
- Está cheio de buraquinhos. Respondi tristemente.
- Então, arrependeu-se de abrir a porta?
-Não! Não, mesmo.
Se eu não tivesse aberto não teria sentido a essência suave do que antes era desconhecido.
Não conheceria o sabor da saudade. Não entenderia como é rir das coisas mais bobas... Não saberia como é a sensação de receber uma surpresa. De tantas vezes suportar a distância.
- E se tivesse deixado o amor batendo na porta por mais tempo?
-Talvez ele se cansasse da espera... Viraria as costas e partiria para sempre.
E hoje ao ouvir aquela música, ela não teria sentido algum.
Se antes eu duvidava que príncipe encantado existe hoje tenho certeza. Eles existem, apenas em contos de fadas... São perfeitinhos!
E no amor há tantos defeitos... E ama-se esses defeitos.
Mesmo com o coração cheio de buraquinhos... Minha tristeza é suave.
"E pra minha poesia é o ponto final."

(Por, Rô)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Imensidão de um Vazio...

Ela observa a Mandala pendurada girando devagarzinho... Refletindo na parede, suas pedrinhas espelhadas.
Acende um incenso.
Coloca a boneca de corda para tocar... A melodia suave vai ressoando no vazio silencioso do seu coração.
Ela afoga-se na imensidão de um vazio que só ela conhece bem... Por vez grita, mas ninguém a escuta.
Nela dói o desengano... Faz perder a esperança.
A descoberta do que se afigura ao que não é... Ilusão!
O que ela espera?
É tornar-se terno tudo a sua volta... Como uma luz AMARELA.

(Por, Rô)

domingo, 13 de junho de 2010

Melancolia de Inverno...

Era noite de inverno estava na janela do meu quarto, seguia com os olhos o balanço das folhas de uma árvore.
Avistava de longe a imensidão do céu de uma noite fria e por cima de tudo, se refletia uma tristeza... Tristeza é como uma poça de água fria suja de lama.
Tem uma coisa apertando aqui no peito que sufoca e machuca. Um peso na alma tão dolorida... Cansada.
Tristeza vem sem hora nem data marcada apenas, vem e deixa tudo escuro. Nessa escuridão tropeço... Caio.
Frio!
Um chá quente de melancolia para esquentar a tristeza com degustação de nostalgias de pequenas coisas nunca vividas.
Nessa noite há traços de uma paisagem cinza... Na alma há tonalidades reflexivas, soluços, lágrimas poéticas.
Não me venha com esse papo que as coisas vão ficar bem...
Quando?
Dorme... Dorme.
Logo chega a primavera. 

(Por, Rô)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dos Meus Sonhos... Uma Casinha de Madeira.


Desde pequena construí um sonho dentro de mim... Uma casinha de madeira com plantações de Girassóis.

Um sonho sagrado... Que fazem meus olhos brilharem. Olho fixamente para ele, com ternura, com desejo e encanto. Eu me perco na extensão do amarelo dos Girassóis. Casa aconchegante e espalhada de alegria bem colorida dentro.

Vou ficar à espera das estações, dos sonhos novos que virão e acordar em estado de graça.

Meu cantinho todo enfeitadinho. Assim, do meu jeito.

Sigo... Moldando esse sonho que pode parecer ridículo às pessoas, mas que é linda-mente especial em mim

PS. Quando vi essa imagem é como se eu tivesse fotografado meu sonho.
 
(Por, Rô)